PS2:Mercenaries World in Flames



A estória de Mercenaries 2 pode ser contada de três pontos de vista diferentes. Antes de nos ser dado a conhecer o primeiro parágrafo da narrativa temos que escolher de entre as seguintes personagens – Chris Jacobs, Jennifer Mui ou Mattais Nillson. Independentemente de quem escolherem, serão traídos por Ramon Solano e passarão o resto da narrativa a tentar apanhar esse vilão e fazê-lo pagar pelas suas acções nefastas. Pelo caminho, destruirão meia Venezuela. 

O ponto forte do jogo é mesmo esse: destruir tudo e todos. Mesmo para uma consola 128 bits, a quantidade de cenário passível de ficar ainda mais feia é impressionante. Recorrendo a variada artilharia pesada (lança-mísseis, explosivos C4 ou ajuda aérea), praticamente tudo o que é edifício, veículo e inimigo fica reduzido a pouco mais do que nada. Esta prática destrutiva só não é mais divertida porque os efeitos visuais deixam muito a desejar, nomeadamente, as explosões resultantes dos referidos massacres. 

E, apesar de já termos mencionado que a narrativa era igual à das versões para consolas mais recentes, quem já experimentou ambas as versões nota que o desenho dos níveis está amputado em prol do desempenho da PlayStation 2. Níveis mais curtos para contar a mesma estória, misturando velho com novo em alguns pontos. Exemplo disso é aquilo que se passa com o roubo e condução dos veículos. O acto de roubar um veículo inimigo é divertido, obrigando o jogador a pressionar o botão no controlador quando o mesmo aparece no televisor. No entanto, toda a adrenalina de nos apoderarmos daquilo que não é nosso cai por terra quando o tentamos conduzir. Vítima dos mencionados cortes, a distância de desenho arruína por completo o prazer de fugir às tropas inimigas, transformando qualquer condutor numa versão moderna de Mr. Magoo. 
A apresentação desta versão do jogo é má. Os cenários apresentam-se mutilados em partes cruciais, as cenas de corte são insípidas e desinspiradas, não incentivando à motivação do jogador. A rematar este capítulo estão as explosões, que não fazem justiça à destruição. É a mesma coisa que fazer implodir um prédio com a chama de uma vela: não conseguimos deixar de sentir que algo de importante foi cortado para a gaveta. É certo que estamos a falar da versão PlayStation 2, contudo, certamente existiram pontos menos importantes para serem deixados fora do DVD. 

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